segunda-feira, 5 de setembro de 2011

*Setembrooooo !!! *


PARÂMETRO



Uma tarde amarela noroeste

modo nosso de amar lembrando a estrada,

que passa sempre a leste

de uma tarde espantada,



de uma tarde amarela soterrada

numa caixa de pêssegos, madura,

uma janela madura de bandeiras abertas

para o mar, e frias;



encarcerada pelo verdoenga de pêssegos

e açúcar cristalizado sôbre a polpa

dos verdes apanhados na chácara. Setembro.

Ah, setembro, setembro

essa menina e teus jardins sôbre a cabeça

castanha e cacheada, numa tarde amarela

de vapôres entrando a barra, de sinos

batendo, que reconheço de outra época,



do espanto de outras tôrres, de outra tarde espantada,

que amarravas no inverno embora outubro:

êsse rapaz que atravessa o corporal de pêssegos

de urna tarde amarela,

como se fincasse a cisma de urna lança

no rosto da palavra genial

e seu ramo de rosas, sua neblina.



Marcos Konder Reis





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