Pérolas de Max Nunes:
- Era tão azarado que, se quisesse achar uma agulha no palheiro, era só sentar-se nele.
- A prova de que o balé dá sono na platéia é que os artistas entram sempre na ponta dos pés.
- Não é que as moças de hoje sejam mais bonitas. É que as de ontem já deixaram de ser.
- O caqui não passa de um tomate diabético.
- Quem pede a palavra nem sempre a devolve em condições.
- No Nordeste, a seca é tão braba que são as árvores que correm atrás dos cachorros.
- O jipe é o maior esforço feito pelo homem para chegar à mula mecanizada.
- O casamento é como a pessoa que quer tomar um copo de leite e compra uma vaca.
- O casamento é o único jogo que acaba mal sem que ninguém ponha a culpa no juiz.
- Os homens casados se dividem em três categorias: os polígamos, os bígamos e os
chateados.
- Com as ruas esburacadas desse jeito, é preciso ser muito virtuoso para não dar um
mau passo.
- O difícil de confundir alhos com bugalhos é que ninguém sabe o que são bugalhos.
- Já tinha oito anos e não bebia uísque, não dançava rock e não fumava maconha.
Era um retardado mental.
- Democracia é aquele regime pelo qual qualquer cidadão pode ser presidente da
República, menos eu e você, naturalmente.
- Duplicata é uma coisa que sempre vence. Nunca empata.
- Houve um tempo no Brasil em que ninguém tinha dinheiro. É hoje.
- Há casais que se detestam tanto que não se separam só pra um não dar esse prazer
ao outro.
- O eleitor, obrigatoriamente, tem que ser qualificado. O candidato, não.
- Algumas mulheres são tão feias que deviam processar a natureza por perdas e
danos.
- Quando a mãe informou aos filhos que ia conferir um prêmio ao mais obediente da
casa, todos gritaram ao mesmo tempo: "É o papai!".
- Ah, o que seria do governo se o povo pudesse falar pela boca do estômago!
- Já foi o tempo em que a união fazia a força. Hoje a União cobra os impostos e quem
faz a força é você.
- A prova de que tudo subiu de preço é que até uma coroa já é cara.
- Uma camisa nova tem sempre um alfinete além daqueles que você já tirou.
- Opinião é uma coisa que a gente dá e, às vezes, apanha.
Max Nunes nasceu no Rio de Janeiro, em 1922. Médico, acabou se tornando um dos
maiores humoristas brasileiros. Criador do famoso programa Balança, mas não cai,
da década de 50, na Rádio Nacional, passou pelo Diário da Noite e Tribuna da
Imprensa, sendo hoje um dos produtores do Jô Soares.
* As pérolas acima foram extraídas de "Uma pulga na camisola - O máximo de Max
Nunes", Companhia das Letras - São Paulo, 1996, págs. diversas, seleção e
organização de Ruy Castro.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
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4 comentários:
Ele é o máximo mesmo! bj con
Muito boas!Foi bom lembrá-las...beijos,chica
Oi.
Adorei o post. Amo comédia. Não sabia do Max Nunes e achei o máximo!
Beijos
Este blog é interessantíssimo. PARABÉNS! Vou cá voltar mais vezes.
Jinhos
Isa
Portugal
P.S. Portugal não é melhor. rsrssr
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