segunda-feira, 20 de abril de 2009

* JOLANTA *



Irena Sendler
“A mãe dos meninos do Holocausto”

Tradução do Espanholby
Manuel Franco del Castillo
manuelfc2@hotmail.com

Enquanto a figura de
OSCAR SCHINDLER era aclamada por meio mundo, graças ao filme de Steven
Spielberg, ganhador de 7 Oscars em 1993, narrando a vida desse industrial
que evitou a morte de 1.000 judeus nos campos de concentração ,

IRENA SENDLER era uma heroina desconhecida fora da Polônia e apenas
reconhecida no seu pais por alguns historiadores, já que os anos de
obscurantismo comunista apagaram a sua façanha dos livros de historia
oficiais.

Por outro lado, ela nunca contou a ninguém nada da sua vida durante
aqueles anos.
Em 1999 a sua história começou a ser conhecida, graças a um grupo de
alunos de um Instituto do Kansas-EUA,
que realizou um trabalho sobre os
heróis do Holocausto.
Na investigação deram com poucas referencias sobre Irena e só existia um
dado surpreendente: tinha salvado a vida de 2.500 meninos.
Como e possível que só existisse essa informação sobre uma pessoa assim?
Mas a maior surpresa chegou quando após buscar o lugar da tumba de Irena,
descobriram que não existia porque ela ainda vivia, e de fato ainda vive.
Hoje e uma anciã de 97 anos que reside num Asilo do centro de Varsóvia
num quarto onde nunca faltam flores e cartões de agradecimento do mundo
inteiro.


Quando a Alemanha invadiu o pais em 1939, Irena era enfermeira no
Departamento de Bem-estar Social de Varsóvia, no qual cuidava das salas
de jantar comunitárias da cidade.
Em 1942 os nazistas criaram um “gueto” em Varsóvia e Irena, horrorizada
pelas condições como se vivia naquele lugar uniu-se ao “Conselho para
Ajuda aos Judeus”.
Conseguiu identificações da oficina sanitária, sendo que uma das
tarefas era a luta contra as doenças contagiosas.
Como os alemães invasores tinham medo de que se desencadeasse uma
epidemia de tifo, aceitavam que os poloneses controlassem o lugar.

Logo entrou em contato com famílias oferecendo levar os filhos com ela
para fora do Gueto.
Era terrível: tinha de convencer os pais de que lhe entregassem seus
filhos e eles lhe perguntavam: Pode prometer que meu filho viverá?

Como poderia prometer se nem sabia se poderia sair com eles do Gueto?


E a única coisa certa era que os meninos morreriam se permanecessem ali.

Mães e avós não queriam separar-se deles. IRENA as entendia
perfeitamente: o momento da separação era o mais difícil. Algumas vezes, quando Irena ou suas companheiras tornavam a visitar as
famílias para tentar fazê-las mudar de idéia, todos tinham sido levados
aos campos de extermínio. Cada vez que isso acontecia, ela lutava com mais força para salvar a meninada.

Começou a tirá-los em ambulâncias como vitimas de tifo, mas logo se
valeu de tudo o que estivesse ao seu alcance: cestos de lixo, caixas de
ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacos de batatas, ataúdes...
Nas suas mãos, qualquer coisa se transformava numa via de escape.
Conseguiu recrutar ao menos uma pessoa de cada um dos dez centros do
Departamento de Bem-estar Social.
Com a ajuda dessas pessoas elaborou centros de documentos falsos, com
assinaturas falsificadas, dando identidade temporária aos meninos judeus.

Irena vivia os tempos da guerra pensando nos tempos da paz. Por isso não
se cansava manter com vida esses meninos.
Queria que um dia pudessem recuperar seus verdadeiros nomes, sua
identidade, suas histórias pessoais, suas famílias.
Foi quando inventou um arquivo que registrava os nomes dos meninos e as
suas novas identidades.
Anotava os dados em pedaços pequenos de papel que enterrava, dentro de
potes de conserva, debaixo de uma arvore de macas, no jardim do seu
vizinho.
Guardou, sem que ninguém suspeitasse, o passado de 2500 meninos, até que
os nazistas foram embora.
Um dia, os nazistas souberam das suas atividades.Em 20 de Outubro de 1943, Irene foi detida pela Gestapo e levada a prisão
de Pawiak onde foi brutalmente torturada.

Num colchão de palha da sua cela, encontrou uma estampa de Jesus Cristo.
E ficou com ela até 1979, quando doou-a a João Paulo II.
Irena era a única que sabia os nomes e onde se encontravam as famílias
que albergaram aos meninos judeus; suportou a tortura e se recusou a
trair seus colaboradores ou a qualquer dos meninos ocultos.
Quebraram-lhe os pés e as pernas, alem de sofrer inúmeras torturas. Mas
ninguém conseguiu romper a sua vontade.
Foi condenada a morte, mas sentença que nunca chegou a se cumprir porque
a caminho do lugar da execução, o soldado a deixou escapar.
A resistência o tinha subornado porque não queriam que Irene morresse com
o segredo da localização dos meninos.
Oficialmente ela constava nas listas dos executados. A partir de então,
continuou trabalhando, mas com uma identidade falsa.
No final da guerra, ela mesmo desenterrou os vidros de conserva e fez uso
das anotações para encontrar aos 2.500 meninos que colocou com famílias adotivas.
Ajuntou-as aos seus parentes espalhados pela Europa, mas a maioria
tinha perdido as suas famílias nos campos de concentração nazistas.
Os meninos só a conheciam pelo apelido: JOLANTA.
Anos mais tarde, quando a sua historia saiu num jornal junto com
fotos suas, da época, diversas pessoas começaram a chamá-la para dizer: “ Lembro de seu rosto... sou um daqueles meninos, lhe devo a minha
vida, meu futuro, e gostaria de vê-la!”


Irena tinha no seu quarto fotos com alguns daqueles meninos sobreviventes ou com filhos deles.
Seu pai, um medico que faleceu de tifo quando ela ainda era pequena, lhe
fez memorizar o seguinte:
“AJUDE SEMPRE A QUEM ESTIVER SE AFOGANDO,SEM LEVAR EM CONTA A SUA RELIGIAO OU NACIONALIDADE. AJUDAR CADA DIA ALGUEM TEM DE SER UMA NECESSIDADEQUE SAIA DO CORACAO”

Irena vive anos numa cadeira de rodas, por causa das lesões causadas
pelas torturas sofridas pela Gestapo.
Não se considera uma heroína.
Nunca reivindicou crédito algum pelas suas ações.
(Irena Sendler
em
Varsóvia, 2005
foto de Mariusz Kubik
Nascimento: 15 de Fevereiro de 1910Morte: 12 de Maio de 2008.Ocupação:
Enfermeira, assistente social, ativista dos direitos humanos.
“Poderia ter feito mais”, responde sempre.
“Este lamento me acompanhará ate o dia de minha morte!”

Irena vive anos numa cadeira de rodas, por causa das lesões causadas
pelas torturas sofridas pela Gestapo.
Não se considera uma heroína.
Nunca reivindicou crédito algum pelas suas ações.
“Poderia ter feito mais”, responde sempre.
“Este lamento me acompanhará ate o dia de minha morte!”

“ NAO SE PLANTAM SEMENTES DE COMIDA. PLANTAM-SE SEMENTES DE BONDADE. TRATEM DE FAZER UM CIRCULO DE BONDADE, ESTE OS RODEARAO E FARAO CRESCER MAIS E MAIS ”
Irena Sendler
Irena Sendler
“ UMA MULHER EXTRAODINARIA E EXCEPCIONAL! “
Traducao:
MANUEL FRANCO DEL CASTILLO
manuelfc20@hotmail.com






















4 comentários:

* Edméia * disse...

*Para ela, deixo aqui a minha

humilde homenagem como prova de

todo o meu RESPEITO e AMOR !!! *

(Estou emocionada.)

Unknown disse...

Peródo negríssimo da História Mundial, o Holocausto Jamais deve ser esquecido!
Há cerca de um ano estive em Auschwitz e foi brutal. As lágrimas caíram-me pelo rosto o tempo todo e eu não estava no séc.XXI mas algures entre 1939-45, em pleno período nazi.
Obrigada por nos dar a conhecer mais uma verdadeira HEROÍNA do amor pelos outros. Curvo-me perante tão ENORME SENHORA!!!
Beijo para si, Fada!

chica disse...

a HISTÓRIA DESSA MULHER É FANTÁSTICA.jÁ A CONHECIA, MAS É SEMPRE BOM LEMBRAR DE SEU EXEMPLO.UM BEIJO,CHICA

Sonia Schmorantz disse...

A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa, nem medir o que se diz.
(George Eliot)

Tenha um final de semana com muito carinho.
Um abraço

Postagem em destaque

*Relembrando : * O Pescador e o Banqueiro *

* O Pescador e o Banqueiro * Um banqueiro de investimentos americano estava no cais de uma povoação das Caraíbas, quando chegou um bar...